segunda-feira, 14 de abril de 2008

Melodia - Victor Cintra

Então
pela porta da memória invado nossa saleta
e respiro as notas vespertinas
de um piano cordial.

Anotam-se os compassos da saudade
os remorsos remordem os remorsos
e num doce alívio
o perfume das rosas dum jardim imaginário
(não há que resista ao tempo)
carregam-te numa mínima:
vejo - nítida - a tua imagem que se
balança
numa clave de sol.

Presos na liberdade do nada:
a música nos envolve
num dó de saudade.
O amor umbilical que nos unia
ressurge num lá distante...
São células sonoras
da partitura inacabada do nosso amor.

3 comentários:

Anônimo disse...

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Beleza e Saúde na Net disse...

É lindo...

É o tipo do poema que, muito embora apresente sensibilidade suficiente para alcançar a todos, acaba por tocar mais a uns que a outros. Quanto a mim, emocionei-me completa e profundamente.

Beleza e Saúde na Net disse...

Hoje lembrei-me desse poema. Vim relê-lo.

Quem sou eu

Professor da UECE (adjunto) e do CMF (titular); especialista em literatura luso-brasileira (UFC) e mestre em literatura (UFC)

Saudação

Bem-vindos ao mundo da Literatura!!
Participaremos experiências no campo da arte das palavras.
Saudações,
VC
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