José de Abreu Albano que, nascido em Fortaleza em 1882, viria a falecer na França, em 1923, foi educado na Europa (Inglaterra, Áustria e França), tendo depois voltado a Londres e a Paris, entremeando esses períodos com estadas no Ceará e no Rio de Janeiro. Numa dessas estadas em sua terra natal, de 1898 a 1902, fez parte do Centro Literário, datando de 1901 os versos seus mais antigos que fomos encontrar na imprensa cearense, mais precisamente no jornal A República, ora assinando-se José d'Abreu Albano, ora José de Abreu Albano, ou simplesmente J.D'A.A. A maioria dos versos traz formação romântica (``Vi-te, ó virgem - nos lábios teus havia / Sorriso singular''), mas em março desse ano de 1901 já vislumbramos notas precursoras de seu camonismo no quarteto: Aqueles fios d'oiro me têm preso/ O coração em laços poderosos/ Aqueles olhos claros, luminosos/ O peito me têm posto em fogo aceso.