A década de 1950 encontrará um Drummond esvaziado da utopia. A 'nova ordem' do mudo de pós-guerra é a ordem da guerra fria, em que novas tragédias parecem hibernar. [...] Acompanhar seus poemas é agora entrar num labirinto de um discurso paradoxalmente tortuoso e lúcido: a complexidade do pensamento negativo se dá na associação de imagens límpidas e rigorosas; em contínuo aprofundamento, elas fazem ver a metafísica de um vazio que toma conta da alma.
(Alcides Villaça, Folha de S. Paulo, 21/8/1987.)
(Alcides Villaça, Folha de S. Paulo, 21/8/1987.)