quinta-feira, 13 de março de 2008


A hora da partida
Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919-2004)
A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa
quando as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

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Quem sou eu

Professor da UECE (adjunto) e do CMF (titular); especialista em literatura luso-brasileira (UFC) e mestre em literatura (UFC)

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Saudações,
VC
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